quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

I'm back bitches

Muito boa noiteeeeeee!

Que isso gente. Que desprezo pelo meu próprio blog. Que prazo gigante que é esse pelo amor de Buda? Cadê a assiduidade desta meleca? (lágrimas escorrendo, sqn).

Eita. Pois é. Muuuita, mas muuuita coisa (boa!) pra contar. Eu sumi, até de mim mesma. Precisei de um tempo pra me reinventar, me recriar, me encontrar. Cara. É tanta coisa pra falar, que eu nem sei, de verdade mesmo, por onde começar. Mas...bora.

Bom, vou resumir porque de coração, se eu for detalhar tudo, até eu me perco.
Tá. Tô morando em Campinas (ebaaaa), não exatamente lá, ainda. Numa cidade que fica bem próxima. Atualmente, aguardando a reforma do apê que eu aluguei (nossa que adulta, me senti agora) terminar pra eu cair pra dentro. Continuo na busca pelo emprego bacana, que todo mundo sonha, aquele que te faz ir trabalhar feliz e volta pra casa com vontade de ouvir um BB King e tomar uma taça de vinho. Minhas chances melhoraram bastante, Campinas é uma cidade enorme, boa e produtiva. Cresce todos os dias, em todos os ramos, segmentos e lados que se possa imaginar.

Minha família, se mudou pro litoral. Porque vc não foi com eles, miga sua loka, morar na praia, pegar um bronzeado permanente, surfistas descolados e despreocupados aqui e ali, policiais de bermuda, pets pra tudo quanto é canto....hum, tentador né? Então. Só que esse sonho, de morar na praia, é um que eu nunca tive. Acho que prefiro mais a ideia de saber que, quando eu quiser, posso pegar um ônibus que em no máximo 4 horinhas (dependendo do trânsito, claro), eu tô lá. Eu me apaixonei por Campinas. Caiu no meu colo, esse lance de morar lá (digo lá porque, nesse momento, estou escrevendo da casa dos meus pais). Caiu e eu aceitei. De braços abertos. E mente também. A cidade em que eu morava...nossa é complicado descrever o misto de sentimentos que eu sinto quando penso em tudo que já vivi por lá. Muita coisa ruim me aconteceu. Muita mesmo. Coisas pelas quais eu gostaria demais, poder tomar algum tipo de pílula e simplesmente apagar da memória. Mas não dá. Não. Dá. Tanta tecnologia disponível por aí e o ser humano ainda não conseguiu achar uma forma de criar essa, que seria a revolução no quesito "apaga, deleta, cancela essa parte da minha vida, por favor, brigada, de nada".

Enfim. Que mais...ah,, tô namorando, com mil planos na cabeça pro ap novo, pra vida nova que eu consegui criar. Sim, eu criei um caminho pra mim. Tive uma breve e leve ajuda do destino, mas hoje, me considero assim. Dona de mim, do meu destino. Eu (vocês sabem disso), nunca consegui me encaixar em lugares pré desenhados. Sempre achei que algo de grandioso fosse acontecer comigo, assim, do dia pra noite ou vice versa. Sonhava alto, caía e sonhava de novo. Não deixei de querer que algo de fantástico aconteça do nada na minha vida. Mas. Parei pra refletir por um momento. Coisas fabulosas aconteceram comigo sim. Não imaginei que eu conseguiria me reerguer tão facilmente. Não pensava que iria começar esse ano, morando sozinha, em uma cidade em que não conheço nem 15 pessoas, pagando minhas contas, correndo atrás de coisas pra mim, conhecendo lugares, sabores e cheiros novos. Não pensei que fosse possível confiar em outras pessoas novamente. Ter amigas, falar merda, fofocar, fazer sessão de filme com pipoca ou macarrão ao molho branco. Não pensei que fosse acontecer de novo, aquele frio na barriga, comprar lingerie, me arrumar com um olho mais crítico, querer o bem de alguém que eu posso chamar de meu. É. Muita coisa mudou. Coisas fantásticas aconteceram comigo sim. Me sinto mulher. Me sinto responsável, viva, feliz, em paz. Sinto que a vida tem me mostrado, quase que diariamente, que é possível sim ressurgir das cinzas. Que pessoas que eu pensava que não poderia viver sim, viraram meros fantasmas do meu passado. E sobre o passado, eu tomei um café com ele, trocamos umas ideias e ele, por fim, resolveu me deixar seguir. Desatei o nó mal feito que a gente tinha. Não somos melhores amigos, não vou bancar a falsiane. Mas nos entendemos e ele sabe o lugar a que pertence.

Bom. Ao contrário do que eu sempre faço, não vou prometer posts semanais, nada desse tipo. Vou escrever quando der vontade. Não só como refúgio pra quando as palavras não caibam mais dentro de mim, mas sem obrigações também. Quando der vontade. Mas uma coisa eu prometo. Sapoha vai pra frente agora.

Beijo, beijo
Helena!