sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

De mim para mim mesma, parte 2

Nota: Eu devo ter chegado bem tarde naquela noite. Ou bem cedo. Não sei dizer. Fato é, que continuei a escrever no dia seguinte. Aviso novamente, que podem haver "cenas" hot hot aqui. E os nomes continuam trocados. Boa sorte, de novo.


Bom dia Helena! Voltei. Ontem eu fiquei triste. Lembrei do Sr. Coelho. (nota: acho que nunca antes mencionei esse nome, sem ser no meio dos devaneios. Resumão então. Sr. Coelho foi o penúltimo cara de quem eu gostei de verdade nessa vida. A gente era foda juntos. Mas ele bebia demais. Ficava louco demais. E minha paciência, auto estima e amor próprio se uniram, deram as mãos e mandaram um hadouken bem no meio daquele lugar. Sentido figurado aqui gente. Mas foi o namorado mais tenso e intenso que eu tive. Caham. Continuando...)
Lembrei dele no caminho até a casa da Ane. (nota importantíssima. Ane, é uma brincadeira íntima com o nome de uma amiga muito foda que eu tive. Quando uso o passado assim, "tive" é porque não somos mais próximas. Desejo todo o amor, carinho e sucesso do mundo pra ela. Mas, não somos mais, o que fomos um dia. Invencíveis. Inatingíveis. Parceiras e comparsas. Foi foda.)
Chorei um pouco. Ainda não consigo ouvir algumas músicas do Audioslave sem lembrar de alguns momentos com ele. (não consigo é o escambau! Agora escuto até indo pra padaria ^^) Por exemplo...

Conheci o Sr. Coelho, de uma forma bem incomum. Estava eu e mais duas colegas, numa noite de domingo, nos dirigindo pro CIDA. (mudei até o nome do bar, vai que...) Estávamos as três com 20 conto no bolso, lindas, sorridentes e de barriga cheia. Entramos no bar. Ele estava sentado à mesa com mais dois amigos. Típico e propício. Ele me gritou, no sentido mais literal da palavra e disse "moça, eu conheço você. Você é linda. Toma uma cerveja comigo?" E assim começou. 
Na primeira vez que saí com ele, só eu e ele mesmo, nós não ficamos de imediato. Rodamos a cidade ouvindo música no carro dele. Se não me falha a memória, estávamos ouvindo músicas aleatórias de um CD ou pen drive que ele tinha. Quando tocou uma música do Audioslave, que é uma banda que eu já gostava antes de conhecer ele, eu comecei a cantar junto com o Chris (Cornel, vocalista da banda). E o Sr. Coelho começou a cantar também. E assim fomos descobrindo várias bandas e gêneros musicais em comum. 
Bom...ainda tem algumas músicas dessa banda que eu não gosto de ouvir (Rá! Hoje ouço todas baby.) Porque me lembram de quando a gente tava no começo de tudo. A gente "roletava" a cidade inteira, de noite, tomando cerveja, ouvindo música e olhando ao nosso redor. Era puro. E simples. Acho que nunca vou me esquecer disso. Não trocávamos uma palavra que fosse. A não ser "mais cerveja?" ou "quer parar aqui e ver a lua?"Ainda não existiam aquelas brigas. Horríveis, pesadas. O ciúme ainda não tinha entrado na nossa vida. A bebida em excesso era uma situação que eu nunca imaginei que fosse aplicar em uma frase em que tivesse o nome dele também. Esse dois últimos fatores, foram os principais motivos da nossa ruína. 
Engraçado analisar...às vezes eu sinto falta dele. (É. Ainda.) Da pessoa dele. Do jeito como ele me olhava quando eu acordava do lado dele no sítio. Ah. Aquele lugar....era nosso paraíso particular. A gente renovava nossas energias, nosso amor e cumplicidade em cada final de semana que passávamos lá. Acertávamos os pontos errados. Se bem que houve uma vez, Uma noite. Brigamos feio. Ele bêbado e eu brava. Eu quis real e literalmente mata-lo. E tenho certeza que ele quis isso também. Ciúme. Ele tinha entrado no porta-malas junto com as minhas coisas e eu nem percebi. Mas não fui eu quem o convidou pra entrar e tomar uma cerveja com a gente...
Mas...na maioria das vezes, era um ligar abençoado. Hoje, nem tanto, mas alguns meses atrás, quando eu pensava nele lá com outra pessoa...isso me corroía por dentro. Me agredia mesmo. Passou. e é por isso que eu não sei se sinto falta dele, ou de namorar mesmo. Ter carinho, essas coisas. Não gosto muito de pensar nisso. Porque ainda me sinto bem confusa. Não sei definir direito o que eu sinto. O que sobrou. Eu nunca mais o vi. Só de relance uma vez. Eu tava indo pra casa do Cabeludo. Passamos em um posto pra colocar gasolina no carro dele. Foi então que eu vi. Aquele carro daquela cor que eu nunca mais esqueço. Há alguns carros parecidos com o dele aqui onde eu moro. E até hoje, ainda hoje...(opaaaaa, acho que não hein?) sempre que eu vejo um desses carros..meu coração dispara. (É. pior que é.) E quando eu vejo que não é ele, o alívio é imediato. Como quando a gente queima o dedo cozinhando, e você se lembra de colocar pasta de dente. É lindo. Alívio lindo.

Poxa...fico observando as pessoas ao meu redor. Namorar nos dias de hoje, é coisa de gente corajosa. Tanta gente por quem eu não dava nada, hoje tá namorando, casando, tendo filhos...E eu aqui. 25 anos nas costas, solteira e sem a menor perspectiva de mudar esse quadro. Não tô ficando com ninguém, Essa parte da minha vida anda tão zuada, que eu não consigo ficar com alguém mais de uma vez. Às vezes até rola uma rede social ou outra. Mas quase nunca passa disso. É nessas horas, quando eu paro pra analisar isso, que eu tenho a nítida impressão de que vou ficar sozinha por um bom tempo. Talvez...a pessoa "certa" pra mim, a tampa da minha panela, nem more na "minha" cidade. Mas...e se eu for uma frigideira sem tampa? (HAHAHAHAHAHA...)
Mas ao mesmo tempo, isso é até bom. Estar com alguém tira o meu foco. E eu tô passando por um momento delicado e complicado. Preciso manter o caramba do foco. Acabei de conseguir um trabalho. Numa padaria. Parece bom. Vou tentar passar num curso técnico. Preciso manter essas informações fixas na minha mente. 

Nota: Gente, daí eu não sei o que aconteceu, que eu parei de escrever. Assim, do nada. Bom, as próximas postagens também serão devaneios. Até que eles acabem, não vou escrever outras coisas. Pra ver se consigo começar e terminar uma coisa. Isso às vezes é difícil pra mim....

Beijo, beijo
Helena.

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